Mergulho em cavernas

Mergulho em cavernas: conheça essa prática

A prática de mergulho em cavernas surgiu através da espeleologia, ciência que estuda os aspectos históricos e culturais do meio subterrâneo e desenvolve técnicas e procedimentos de uso, resgate, mergulho e exploração turística.

Em relação ao mergulho, há 3 principais classificações para a prática: mergulho em caverna, mergulho em gruta e mergulho em água aberta.

Mergulho em caverna: atividade de cunho técnico, e não recreativo, e que difere das demais. Deve ser feita somente por profissionais habilitados e treinados, que utilizam equipamento especializado. É necessário preparo físico e psicológico para encarar os riscos. Em contrapartida, esse tipo de atividade gera importantes materiais para pesquisas e estudos, desde a descoberta de organismos até cura para doenças. 

Mergulho em gruta: aqui falamos de grutas naturais e permanentes, e que possuem teto com entradas e luz solar aparentes. É uma atividade de perfil recreativo que necessita licença de nível iniciante. No geral, o limite de profundidade da modalidade é de aproximadamente 40 metros.

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Mergulho em água aberta: é nesta modalidade que os mergulhadores iniciam a prática do mergulho em cavernas. Aqui, o acesso linear à superfície é sempre possível, bastando nadar até em cima e tirar a cabeça da água. Assim como em grutas, também possui caráter recreativo e requer treinamento iniciante.

Equipamentos para mergulho em cavernas

    • Roupa de neoprene, máscara (as pretas ajudam a absorver a luz), colete, nadadeiras
    • Equilibrador, lastro, profundímetro, manômetro, relógio
    • Tabelas de descompressão, cilindros de ar comprimido, reguladores
  • Lanternas e facas

Diferente do mar, o ambiente de cavernas requer adaptações e cuidados especiais em relação ao consumo de ar, iluminação, orientação e profundidade de mergulho. 

Importante: deve-se levar um cabo-guia, um carretel de linha de nylon que servirá como marcação de todo o trajeto percorrido, amarrando a linha em pontos como rochas. Com isso, o mergulhador não perde a referencia do caminho de volta.

Grande parte das cavernas possuem guias instaladas – as chamadas “linha ouro”, pela sua cor amarelada. A linha principal da caverna não deve se estender até a saída para evitar que mergulhadores de água aberta e que não possuem treinamento adequado façam uso indevido do recurso.  

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Segurança para mergulho em cavernas

Iluminação: é um quesito super importante. A regra básica exige que o mergulhador tenha ao menos três fontes de luz. O recurso de iluminação de maior potência deve ter duração de no mínimo o dobro do tempo planejado para o mergulho. As lanternas de apoio também devem apresentar duração minima igual ao tempo que foi previsto para a prática, e deve-se realizar um teste de funcionamento de pilhas e baterias antes do inicio.

Profundidade: deve-se cuidar com os níveis de profundidade dos mergulhos. Acima de 40 metros, o nitrogênio passa a possuir caráter tóxico, podendo produzir um estado de narcose, que prejudica a capacidade de raciocínio do mergulhador. Dependendo do tempo de mergulho, pode ser necessária uma descompressão dos vasos sanguíneos para eliminar bolhas de nitrogênio. Existem técnicas de mistura de gases que aumentam a segurança do mergulho profundo, mas é essencial treinamento adequado e profissional antes de qualquer aventura em alta profundidade.

Para maiores informações sobre roteiros e dicas de mergulho em cavernas, entre em contato: efdecathlon@estacaofloresta.com.br e telefone (19) 3794-1047.

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